Vale do Rio Taquara e a Fazenda Joviano

O Vale do Rio Taquara encontra-se entre 300m e 700m acima do nível do mar, na Serra de Petrópolis na divisa dos municípios de Petrópolis, Magé e Duque de Caxias.  Seu manto verde se estende por todo o vale, a região está inserida na APA Petrópolis criando um corredor que liga a Reserva Biológica do Tinguá ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos.  Em sua parte mais alta encontra-se a Pedra do Rolador e o Morro dos Macacos (1000m) por onde descem as nascentes e mananciais que formam o Vale do Rio Taquara, este rio desce ao nível do mar passando pelo Parque Natural Municipal da Taquara, em Duque de Caxias até ser captado em seguida pela CEDAE.

Conforme dados da APA Petrópolis, sua vegetação é classificada como floresta em estágio avançado de sucessão. Há uma imensa riqueza em sua biodiversidade, ainda pouco conhecida, sendo observada a integridade do equilíbrio ecológico, como por exemplo a presença de animais e vegetação endêmicas, alguns remanescentes de mata primária e muitas espécies ameaçadas de extinção, entre elas o Mico-Leão-Dourado (Leontopithecus rosalia). 

A ocupação humana nesta região ocorreu por volta de 1930, com a chegada da família David de Sanson. A agricultura na Fazenda Joviano prosperou durante décadas com grande impacto ambiental para a floresta. Apesar da atividade agrícola da região e de sua ocupação, a floresta de Mata Atlântica regenerou-se, e áreas antes devastadas para agricultura, novamente deram lugar a flora e fauna nativa, tendo como novo destino tranformar-se em Unidade de Conservação (RPPN). O monitoramento desta região é realizado pela ICMBIO, a criação do Parque Natural Municipal da Taquara também contribuiu para redução de caçadores e ocupações ilegais.  Somando a estes esforços, a Ong BioH foi fundada para aliar-se a luta da preservação e conservação da Mata Atlântica na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro e fez deste santuário, sua sede.